"Há coisa mais comovente […] do que essa fragilidade, essa pungência, essa graça radiosa e desesperada? Isso também vale para meus amigos: gosto de que me digam onde lhes dói, em vez de se esconderem, como quase toda gente, atrás de uma satisfação de encomenda. O que as pessoas dizem, na maioria das vezes, só serve para protegê-las: racionalizações, justificativas, negações… Para quê? Melhor seria o silêncio. A palavra só me interessa quando é o contrário de uma proteção: um risco, uma abertura, uma confissão, uma confidência… Gosto de que falem como quem se despe, não para se mostrar, como crêem os exibicionistas, mas para parar de se esconder…"
COMTE-SPONVILLE, André. “O amor a solidão”. 2. ed. São Paulo, Martins Fontes, 2006, p. 59-60
esse trecho ilustra bem o seu atual momento. essa coisa de se mostrar. de abrir até o que nem deveríamos sentir. eu gosto da ideia.
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